No início dos anos 80, o mundo estava numa transição tecnológica que mudaria para sempre a forma como nos comunicamos. As cartas, até então a principal ferramenta de comunicação à distância, começaram a dar lugar a novas formas de interação. No entanto, ainda eram tempos em que colocar sentimentos e desejos no papel tinha um valor incomparável.
Foi nesse contexto, em maio de 1983, que um admirador fascinado pela genialidade de Steve Jobs decidiu escrever-lhe uma carta. O pedido era simples e direto: um autógrafo. Para o homem, cujo nome era Varon, possuir a assinatura de Jobs representaria a proximidade com um dos maiores ícones da revolução tecnológica que estava apenas a começar.
Steve Jobs, conhecido pela sua personalidade complexa e às vezes imprevisível, não deixou o pedido sem resposta. Numa carta datada de 11 de maio daquele mesmo ano, Jobs escrevia:
Caro senhor Varon,
Sinto-me honrado por escrever, mas receio que não lhe vá dar um autógrafo.
O que se seguiu foi uma das ironias mais marcantes da história de Jobs. No final da carta, o confundador da Apple fez o que havia negado no corpo do texto: assinou o documento. Ele havia, com um simples gesto, concedido ao admirador exatamente o que ele desejava, mas de uma forma que só ele poderia conceber.

Esta carta acabou por ser leiloada por quase meio milhão de dólares, por ter sido validada como autêntica e por estar também em papel timbrado da própria Apple, dos primórdios da empresa.
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