Ainda se pode adquirir um iPhone como sinal de status?

Em 2021, status e iPhone parecem não combinar, de modo algum. Isto claro, partindo do pressuposto que, em algum momento tal aconteceu.

Independentemente disso, a verdade é que não se pode bem considerar que a posse de um iPhone conceda a essa pessoa um “estatuto diferenciado” – o que recai na definição do conceito de status. Catorze anos depois do lançamento do primeiro equipamento telefónico da Apple, a dificuldade financeira, e não só, na aquisição deste tipo de terminal é bem mais diminuta.

Há inúmeros revendedores presentes no mercado, há vários que aplicam modelos de compra e venda baseados em pagamentos em prestações. Como consequência, a oferta é muita, conduzindo a uma diminuição da exclusividade na detenção de um iPhone da Apple.

Status por um iPhone? Sim. Mas também por um Galaxy, por exemplo...

Com o passar dos anos, adquirir um iPhone – novo ou do ano anterior, em segunda mão, aproveitando uma campanha de desconto exclusiva de algum revendedor ou não –, tornou-se mais simples. Isto claro, mesmo sabendo que os preços praticados pela empresa norte-americana parecem agora mais impraticáveis do que no momento em que o primeiro modelo aterrou no mercado. Mas, assim se passa com todos os telefones inteligentes.

No entanto, e regressando ao ponto em que a utilização de um iPhone possa ser traduzida como sinal de status. A verdade é que só o é se as necessidades por este cobertas fossem cobertas por outro qualquer smartphone.

Isto é, para um utilizador que não usufrua de qualquer serviço da Apple – como iMessage, FaceTime, Apple TV, Fitness+, entre outros –, qual a vantagem? Porque não ter um equipamento Android? Essa é a verdadeira questão. E claro, uma questão que se pode aplicar no universo oposto, do Android. Para que quererá um utilizador um Galaxy Note se não usar a S-Pen que este tem? Por uma questão de status, certamente.

Assim, a resposta acaba por ser essa mesmo. Se ainda há quem utilize, e considere, um iPhone como métrica para obtenção de status? Sim, certamente. Como há quem o faça com a compra de um Galaxy Fold, por exemplo.

Contudo, no final, só se pode observar tal coisa se o uso coberto pelo equipamento em causa for totalmente possível por outro qualquer, de valor menor, sem comprometimentos.