Muito se falou de qual o valor envolvido entre a Apple e a Google para que o motor de busca da segunda fosse o principal escolhido no Safari – presente no iPhone, iPad e Mac.
De facto, foi agora revelado que, em 2022, a empresa liderada por Tim Cook fechou um acordo no valor de 20 mil milhões de dólares para que a Google pudesse ocupar esse lugar especial no browser da empresa de Cupertino. Surpreendente? Sim? Não?
20 mil milhões de dólares da Google para a Apple. Um bom negócio?
De acordo com a Bloomberg, este valor foi revelado por Eddy Cue, Senior Vice-President da divisão de Serviços da Apple. Com efeito, parece ter sido esse o modesto montante para que o Google pudesse continuar a destacar-se como o motor de busca principal.
Para muitos, esse terá sido valor mínimo que a Apple terá pedido. Ou claro, o máximo montante que a Google esteve disposta a investir para que, por exemplo, a Microsoft não pudesse substituí-la através do Bing.
Num momento em que a Microsoft regista um crescimento significativo no número de utilizadores do Bing, uma vez que integrou funcionalidades da OpenAI no mesmo, a verdade é que se podem confirmar as preocupações do CEO, Satya Nadella. Será o setor assim tão competitivo? Até que ponto poderá a Microsoft, sendo a Microsoft, tentar alterar o paradigma que existe atualmente.
Afinal, já não é nova a relação - no que ao motor de busca pré-definido do Safari diz respeito – entre a Apple e a Google. E, por outro lado, parece cada vez mais elevado o valor envolvido no acordo entre ambas as empresas, o que dificulta a possibilidade da Microsoft entrar em jogo.
O mais interessante no meio disto tudo acaba por ser a estratégia adotada pela própria Google e Microsoft. Ambas gostariam de manter e aumentar a sua base de utilizadores, respetivamente. Todavia, a Google optou por re-investir na Apple e no seu destaque no Safari. Em contrapartida, a Microsoft fê-lo aprimorando o motor de busca com ferramentas baseadas na OpenAI.
Em suma, a empresa que mais parece beneficiar desta competição entre Google e Microsoft é a própria Apple, que vê o seu poder negocial aumentar ano após ano.
E claro, os próprios utilizadores, cuja volatilidade na escolha do motor de busca permite à indústria tornar-se mais competitiva e, consequentemente, desenvolver-se.
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