A legislação da União Europeia que obriga todos os dispositivos a adotarem o padrão USB-C tem dado muito que falar, principalmente quando a Apple é metida ao barulho. Como é do conhecimento de todos, a gigante da maçã vai ser obrigada a trocar a ancestral porta lightning pela USB-C, algo que se espera que aconteça já a partir do iPhone 15. Contudo, a obrigatoriedade desta mudança apenas vigora a partir de 28 de dezembro de 2024, o que pode dar alguma margem de manobra à tecnológica, se a mesma assim o desejar.
Há cerca de dois meses começou a ser notícia a possibilidade da Apple vir a limitar a velocidade de carregamento e de transferência de dados via USB-C, caso não estivessem a ser utilizados acessórios com a certificação MFI (sigla de Made For iPhone). Esta certificação obriga à presença de um pequeno chip de autenticação na porta de carga, que consequentemente comunica com os cabos e informa o iPhone da sua autenticidade. Ora, a União Europeia não gostou nada disto, como era de prever.
Em resposta a este rumor, o comissário europeu Thierry Breton enviou uma carta à Apple a avisá-la que a União Europeia não iria permitir tal limitação, e que o incumprimento desta determinação poderia resultar na proibição da venda de iPhones no seu território, a partir da data de entrada em vigor da lei em causa.
Na verdade, a Apple pode continuar a dar a volta à situação por, pelo menos, mais duas gerações de iPhones. Com o iPhone 15 a ser lançado em setembro deste ano, e o iPhone 16 em setembro de 2024, ambos chegariam às prateleiras antes de 28 de dezembro de 2024, ou seja, fora da jurisdição desta simples mas polémica legislação. Mas não nos parece que a empresa da maçã vá seguir por este caminho.
Por agora, a limitação dos cabos USB-C sem MFI não passa de um rumor, mas historicamente a Apple já fez manobras idênticas, o que não abona a seu favor. Por outro lado, os iPads com USB-C não têm qualquer chip de autenticação, logo pode ser que a Apple adote este comportamento também nos iPhones. O que acham que vai acontecer?
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