Lembro-me dos tempos em que surgiu o conceito de backup, quando formatava incessantemente os meus PCs. Tempos hoje nostálgicos, mas que na altura constituíam verdadeiros tormentos. Sei que sou suspeito para falar, mas ainda bem. Depois de me converter à Apple, a expressão “tenho que formatar o meu computador” pura e simplesmente desapareceu.
Por outro lado, com o surgimento das Solid State Drives, vulgo SSD, não obstante a sua extraordinária rapidez, o facto é que a aquisição de uma unidade de 1 ou de 2 TB traduz-se em preços quase proibitivos.
Ainda, face à atual velocidade estonteante da Internet, a transferência de ficheiros de grandes dimensões permite-nos a acumulação de “toneladas” de coisas nos nossos SSD de reduzida capacidade.
Solução? Ter unidades externas de armazenamento e/ou contas (pagas) nas múltplas nuvens existentes. Se, por um lado, temos que transportar connosco essas unidades externas (mais um peso na mochila e com risco de se danificarem), por outro, não raras vezes, a velocidade de acesso à nuvem pode limitar, ou mesmo impedir que alcancemos o que precisamos em determinadas alturas.
Esta é a realidade com que lidamos no nosso dia a dia. É sempre um risco, e estamos ainda algo distantes de atingir o cenário ideal.
Onde ficou a questão do backup?
Perguntas-me, caro leitor, porque enveredei pela descrição anterior. É simples: tal como acontece no teu iPhone, se um dia tens o infortúnio de lhe acontecer alguma tragédia, e perderes todos os seus conteúdos, ou tens uma conta iCloud com uma capacidade que aguente um backup completo, ou és como a maioria das pessoas, que, no limite, tem os contactos, as notas, mensagens, entre outros elementos, ali sincronizados. Ter uma conta no iCloud com 200GB custa €2,99 por mês. Mas, no plano seguinte, que inclui 2TB, já pagas €9,99. Portanto, pagares cerca de €3 por mês, só para teres lá o bakcup do teu iPhone de 128GB e poucas coisas mais, doi na carteira. Eu sei que há mais opções, mas a sincronização entre o ecossistema Apple não tem paralelo.
Imagina agora os "Teras" e "Teras" que tens no teu computador. Os vídeos e as fotografias que descarregas do teu iPhone de tempos a tempos, a quantidade de ficheiros de trabalho, áudio, vídeo, PDF, etc.
Backblaze: simples e ilimitado
E eis que te venho apresentar o Backblaze. Fundada em 2007 por apenas sete empreendedores (Gleb Budman, Brian Wilson, Billy Ng, Casey Jones, Damon Uyeda, Tim Nufire e Nilay Patel), num espaço de 15 anos, esta empresa, que tem mais de meio milhão de clientes em cerca de 175 países, ultrapassou 1.200 Petabytes (1,17 Exabytes) em gestão de armazenamentos.
Segundo o website da empresa, no momento em que te escrevo, estão a seu cargo cerca de 1,97 Exabytes (2.205 Petabyes) ou seja, cerca de 2 milhões de Terabytes!!
É, de facto um número avassalador, longe da nossa capacidade de processamento, mas que demonstra a confiança que os clientes depositam na Backblaze, quer no que concerne ao armazenamento e acesso aos seus ficheiros, quer no que respeita à sua privacidade.
Como funciona?
A equipa da Backblaze esforça-se para que tu não tenhas que te preocupar. Embora também funcione em PCs, esta solução de backup e armazenamento assenta numa filosofia minimalista e funcional, tal como estás habituado com os teus dispositivos Apple. Podes ler mais sobre o modus operandi da Backblaze aqui.
Deste modo, as únicas palavras que deverás reter para explorar esta solução de armazenamento são: "simples", "compatível", "ilimitado", " e "barato".
Ao acederes ao website da Backblaze, é só descarregares a aplicação para o teu Mac, iPhone ou iPad e seguires um conjunto de passos muito simples. Dependendo da quantidade de ficheiros que tenhas, o tempo que demora a fazer o teu backup poderá variar, sendo que o primeiro, como é normal, será sempre o mais delongado.
A partir do momento em que esse primeiro backup está completo, o teu acesso é extremamente simples e rápido a partir da app do iPhone ou iPad, e, claro, do teu Mac.
O espaço de armazenamento que tens à tua disposição é ilimitado. Leste bem: ilimitado. O mundo de hoje já não se compadece com fronteiras intransponíveis. Há, simplesmente, demasiados ficheiros que criamos e recebemos todos os dias, sequer para ter tempo de fazer uma triagem. Portanto, mais vale guardar tudo.
Mas pensarás, naturalmente, algo como: "ilimitado deve ser caríssimo". Pois aí é que está! Talvez seja também porque que a Backblaze não pratica preços exorbitantes que tem praticamente tantos clientes como o número de residentes na cidade de Lisboa (o tal meio milhão).
Tens três modalidades de pagamento: mensal, anual e bianual, correspondentes a 7, 70 e 130 dólares, respetivamente, ou seja, €6,20, €62,90 e €116,85. No caso de optares pelo pagamento anual, o valor mensal fica-te por cerca de €5,25, mas se decidires pagar de dois em dois anos, a tua mensalidade reduz para €4,90.
Parecem-me um valores bastante aceitáveis para um serviço seguro, disponível 24 horas por dia, 365 dias por ano, rápido e, melhor ainda, totalmente intgrável com o teu MacOS, iOS e iPadOS. O mesmo é dizer que podes aceder aos teus ficheiros e partilha-los via e-mail, publica-los numa rede social, envia-los por mensagem... até parece uma app nativa da Apple.
Mas só tu é poderás deliberar. Parece-me que esta solução é das melhores que tenho visto na cada vez maior oferta nesta área. Quem te dá mais e melhor, a preços acessíveis, ganha-te como cliente.
Considero que esta é uma opção simples de se tomar. Nesta sociedade cada vez mais desmaterializada, a ideia de perder tudo o que se tem é asssustadora. Um serviço de backup não é um luxo, mas uma necessidade dos tempos atuais. Tomando em consideração o serviço prestado pela Backblaze, será evidente que muito rapidamente a sua unidade de medida passe a ser o Zettabyte.
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