“Finch”: um drama pós-apocalíptico pouco original, mas que enternece (Crítica)
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Finch é uma de muitas produções cinematográficas que abraçam a temática do pós-apocalíptico e catapultam o espectador para mais uma situação em que o protagonista é obrigado a fugir de um cataclismo natural. No contexto pandémico em que ainda vivemos, Finch faz mais sentido do que nunca e relembra-nos que a vida é um desafio constante, com eventos que nem sempre controlamos. Na produção de Miguel Sapochnik, conhecido pelo seu trabalho em A Guerra dos Tronos, acompanhamos a história de um humano, um cão e dois robôs que partem numa autocaravana, em direção a São Francisco.
Neste aventura dramática pós-apocalíptica, Tom Hanks interpreta o personagem Finch Weinberg, um engenheiro que vagueia pelos escombros de St. Louis (Missouri), num camião, à procura de mantimentos. Quase sempre acompanhado pelo seu cão (Goodyear) e um robô em forma de carrinho de compras (Dewey), Finch vê-se obrigado a abdicar das perigosas saídas rotineiras para rumar em direção a São Francisco. O motivo principal prende-se com a aproximação de uma arenosa tempestade ciclónica, mas com o desenrolar da história emergem detalhes que contextualizam a fuga.
O guião redigido por Craig Luck (Han Solo: Uma História de Star Wars) e Ivor Powell (Blade Runner – Perigo Iminente) não podia ser mais simples e linear, subsistindo, principalmente, do trabalho irrepreensível e carismático de Hanks. Uma das ambições do protagonista neste filme é construir um robô com características humanas, que cuide e proteja o seu cão, Goodyear, quando este estiver ausente. A criação robótica a que Finch carinhosamente batiza de Jeff (Caleb Landry Jones), é retratada como um personagem ingénuo que deve acompanhar Finch na sua viagem e adquirir uma visão geral do mundo, para poder sobreviver sem a ajuda do seu criador. O jovem ator Caleb Landry Jones (Três Cartazes à Beira da Estrada), é uma agradável surpresa neste filme pela forma exemplar e prodigiosa com que deu voz ao personagem, fazendo-nos esquecer, por diversas vezes, que se tratava de um robô humanoide. A renderização de Jeff é admirável e ajuda a ultrapassar o inglês monocórdico do personagem, muito embora a sua personalidade seja simultaneamente dócil e eletrizante.
Sapochnik conseguiu conduzir um filme visualmente belo e uma história comovente, mas parca em conteúdo e autenticidade. O mundo pós-apocalíptico onde Finch habita segue o padrão dos dramas apocalípticos e possui claras referências a filmes como Eu Sou a Lenda ou Mad Max: Estrada da Fúria. O fator de diferenciação neste filme está, acredito, no foco dado à interação entre homem e máquina e homem e animal. É na dinâmica que se estabelece entre os personagens e no espírito familiar que encontramos sentido para este filme. Jeff seria, à partida, mais uma máquina programada para uma dada tarefa, sem qualquer capacidade de percecionar as emoções e agir em conformidade. Contudo, Sapochnik consegue captar a atenção do espectador ao traçar uma linha evolutiva para este personagem, forçado a crescer e a aprender com as suas experiências. O trabalho de fotografia executado por Jo Willems é, também, digno de nota, assim como do designer de produção Tom Meyer.
Apesar do cenário sombrio, Finch é uma produção cinematográfica dedicada a toda a família, capaz de enternecer e emocionar qualquer espectador. Sapochnik manteve-se num registo confortavelmente tradicional para contar esta história, reforçando-a com o amor genuíno que o ser humano pode ter pelos cães. Nos seus melhores momentos, o filme é capaz de imitar o espírito dos nossos amigos patudos, apoiando-se em noções simples, mas virtuosas, como a esperança, a confiança e a lealdade. O tratamento de uma tão grande variedade de emoções exige que o ritmo do filme seja mais lento do que o esperado para este género cinematográfico, o que pode não agradar a todos os espectadores. Ainda assim, Finch oferece uma história admirável de fuga, cativante e edificante, apoiada na companhia incondicional do cão e da máquina.
Nota: 7/10
Finch (Finch – EUA, 5 de novembro de 2021) Duração: 1h 55min Realização: Miguel Sapochnik Argumento: Craig Luck, Ivor Powell, Elenco: Tom Hanks, Caleb Landry Jones, Seamus, Marie Wagenman, Lora Martinez-Cunningham, Oscar Avila, Emily Jones
Na semana passada, surgiram rumores que indicavam um possível lançamento dos novos modelos do iPad Pro e do iPad Air para ontem, terça-feira, 26 de março.
O site chinês IT Home, baseando-se em várias listagens da Amazon de capas de terceiros - e não com base em informações específicas de
Finch é uma de muitas produções cinematográficas que abraçam a temática do pós-apocalíptico e catapultam o espectador para mais uma situação em que o protagonista é obrigado a fugir de um cataclismo natural. No contexto pandémico em que ainda vivemos, Finch faz mais sentido do que nunca e relembra-nos que a vida é um desafio constante, com eventos que nem sempre controlamos. Na produção de Miguel Sapochnik, conhecido pelo seu trabalho em A Guerra dos Tronos, acompanhamos a história de um humano, um cão e dois robôs que partem numa autocaravana, em direção a São Francisco.
Neste aventura dramática pós-apocalíptica, Tom Hanks interpreta o personagem Finch Weinberg, um engenheiro que vagueia pelos escombros de St. Louis (Missouri), num camião, à procura de mantimentos. Quase sempre acompanhado pelo seu cão (Goodyear) e um robô em forma de carrinho de compras (Dewey), Finch vê-se obrigado a abdicar das perigosas saídas rotineiras para rumar em direção a São Francisco. O motivo principal prende-se com a aproximação de uma arenosa tempestade ciclónica, mas com o desenrolar da história emergem detalhes que contextualizam a fuga.
O guião redigido por Craig Luck (Han Solo: Uma História de Star Wars) e Ivor Powell (Blade Runner – Perigo Iminente) não podia ser mais simples e linear, subsistindo, principalmente, do trabalho irrepreensível e carismático de Hanks. Uma das ambições do protagonista neste filme é construir um robô com características humanas, que cuide e proteja o seu cão, Goodyear, quando este estiver ausente. A criação robótica a que Finch carinhosamente batiza de Jeff (Caleb Landry Jones), é retratada como um personagem ingénuo que deve acompanhar Finch na sua viagem e adquirir uma visão geral do mundo, para poder sobreviver sem a ajuda do seu criador. O jovem ator Caleb Landry Jones (Três Cartazes à Beira da Estrada), é uma agradável surpresa neste filme pela forma exemplar e prodigiosa com que deu voz ao personagem, fazendo-nos esquecer, por diversas vezes, que se tratava de um robô humanoide. A renderização de Jeff é admirável e ajuda a ultrapassar o inglês monocórdico do personagem, muito embora a sua personalidade seja simultaneamente dócil e eletrizante.
Sapochnik conseguiu conduzir um filme visualmente belo e uma história comovente, mas parca em conteúdo e autenticidade. O mundo pós-apocalíptico onde Finch habita segue o padrão dos dramas apocalípticos e possui claras referências a filmes como Eu Sou a Lenda ou Mad Max: Estrada da Fúria. O fator de diferenciação neste filme está, acredito, no foco dado à interação entre homem e máquina e homem e animal. É na dinâmica que se estabelece entre os personagens e no espírito familiar que encontramos sentido para este filme. Jeff seria, à partida, mais uma máquina programada para uma dada tarefa, sem qualquer capacidade de percecionar as emoções e agir em conformidade. Contudo, Sapochnik consegue captar a atenção do espectador ao traçar uma linha evolutiva para este personagem, forçado a crescer e a aprender com as suas experiências. O trabalho de fotografia executado por Jo Willems é, também, digno de nota, assim como do designer de produção Tom Meyer.
Apesar do cenário sombrio, Finch é uma produção cinematográfica dedicada a toda a família, capaz de enternecer e emocionar qualquer espectador. Sapochnik manteve-se num registo confortavelmente tradicional para contar esta história, reforçando-a com o amor genuíno que o ser humano pode ter pelos cães. Nos seus melhores momentos, o filme é capaz de imitar o espírito dos nossos amigos patudos, apoiando-se em noções simples, mas virtuosas, como a esperança, a confiança e a lealdade. O tratamento de uma tão grande variedade de emoções exige que o ritmo do filme seja mais lento do que o esperado para este género cinematográfico, o que pode não agradar a todos os espectadores. Ainda assim, Finch oferece uma história admirável de fuga, cativante e edificante, apoiada na companhia incondicional do cão e da máquina.
Nota: 7/10
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