Pode ser à prova de água, ter um ecrã maior, dar para atender o telefone, ouvir música, monitorizar o sono, entre dezenas de outras funcionalidades incríveis. Mas o game changer (perdoem-me a expressão inglesa) do Apple Watch é mesmo a diferença que este gadget pode fazer numa situação de vida ou morte. Literalmente.
Tendo o iPhone por perto, ou mesmo sem essa necessidade (na versão GPS + Celular), em caso de uma queda grave seguida de imobilidade, o Apple Watch entra de imediato contacto com os serviços de emergência. No caso de o seu detentor não ter perdido a consciência, basta primir prolongadamente o botão lateral para obter ajuda.
E só isto diz tudo. Mas não se fiem na minha palavra, inspirada nas especificações que a Apple apresenta para a venda deste produto. Vamos dar um (entre vários) exemplo da vida real.
Um idoso de 85 anos residente na cidade de Ottawa, Canadá, foi salvo pela polícia local na sequência de uma chamada para o 112... feita pelo Apple Watch! Ao detetar uma queda forte, o Apple Watch gera uma notificação na qual pergunta ao seu detentor se está tudo bem, requerendo resposta de confirmação baseada ou em simples movimento físico ou mesmo primindo o botão "Eu estou bem" no mostrador.
Visto que tal não aconteceu, o smartwatch inicia os procedimentos de emergência, estabelecendo uma chamada para o 112, enviando uma mensagem automática com as coordenadas referentes à localização do seu detentor. O post da polícia de Ottawa no seu perfil Instagram relata muito bem o sucedido:
E foi assim que a polícia conseguiu acudir o idoso que habitava sozinho na sua residência. Este é um exemplo paradigmático do uso efetivo da tecnologia em prol do bem-estar da sociedade, do combate ao isolamento e da efetiva proteção da vida humana.
São cada vez mais ocorrências deste tipo de casos. Mas o Apple Watch não se fica por aqui. Há muitas outras situações em que este smartwatch estabeleceu a diferença entre a vida e a morte, graças aos seus sensores óticos, capazes de fazer leituras de oxigénio no sangue e ECGs.
A Apple ressalva, e muito bem, que estas leituras não se destinam a fins médicos, incluindo autodiagnósticos ou consultas médicas. E que só devem ser utilizadas para fins de bem-estar e boa forma física. Ou seja, não se trata de um instrumento médico com as capacidades profissionais e fiáveis dos que estão ao dispor das instituições hospitalares.
É um bocadinho aquela ideia de todos os condutores terem no carro aquele utensílio do tamanho de uma chave de fendas que tem uma lâmina numa ponta e um quebrador de vidro na outra. Num momento aleatório e inesperado, se lá estiver, correndo tudo bem, teremos uma história para contar. O mais pequeno pormenor poderá e fará com certeza toda a diferença. E é esta a diferença entre um gadget bonito e uma gigantesca ajuda num momento gravíssimo.
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