Se pretendes comprar ou presentear alguém com um iPhone neste final de ano, é melhor fazeres a compra logo. Digo isto porque em Zhengzhou – também conhecida como a Cidade do iPhone – a principal fábrica da Foxconn tem vindo a enfrentar problemas com um surto de COVID-19 que levou funcionários a fugirem das fábricas onde são mantidos em isolamento a pedido do governo Chinês.
Na tentativa de combater o êxodo de funcionários, a Foxconn tem vindo a oferecer benefícios como refeições gratuitas e um bónus salarial para quem redobrar os esforços na linha de produção. O problema? Nem mesmo a Apple acredita que isso será suficiente, tendo inclusive alertado os investidores que particularmente o iPhone 14 Pro terá stocks bem escassos ao longo das próximas semanas.
Fuga em Cupertino
Não é apenas em Zhengzhou que estamos a ver uma debandada de postos de trabalho. Há algumas semanas, a Apple confirmou que Evans Hankey, líder de design de hardware, deixará a empresa. Já nos últimos dias, fontes da Bloomberg informaram que Anna Matthiasson, vice-presidente da Apple Store Online e Mary Demby, líder de Sistemas da Informação da Apple também estão de saída.
No caso de Demby, que trabalhou na Apple por três décadas, o motivo é a sua aposentadoria. Já no caso Matthiasson, os motivos de sua saída ainda são tão secretos quanto o seu próximo destino.
Mais um ciclo de iPhones para a Qualcomm
Desde que a Apple comprou a divisão de modems 5G da Intel em 2019 por mil milhões de dólares, não era exatamente difícil de prever que ela abandonaria a Qualcomm como a fornecedora desta tecnologia. A própria Qualcomm, inclusive, já havia avisado os investidores que ela perderia a Apple como cliente.
No entanto, num relatório recente, a Qualcomm informou que irá manter os níveis de fornecimento à Apple no ano que vem, ao invés de encolhê-los para 20% conforme o plano anterior. Já dentro das quatro paredes (ou melhor, dos 360 graus) do Apple Park, ninguém confirma ou refuta a informação.
Selena no grande ecrã
Estreou esta semana no Apple TV+ o documentário Selena Gomez: My Mind & Me, com direito a uma oferta especial que garante dois meses de acesso gratuito ao serviço, ao invés dos costumeiros 7 dias de experimentação.
A Apple e a cantora já haviam feito parcerias no passado, incluindo a produção de um videoclipe a preto e branco gravado inteiramente com um iPhone. Desta vez, a parceria divulga a obra em que ela partilha com o mundo os desafios que a fama trouxeram para a sua saúde mental.
Todos os olhos postos em Lisboa
Se no ano passado a Web Summit chamou à atenção do mundo tecnológico pela presença de Craig Federighi, neste ano a fabricante do iPhone marcou presença de uma forma ainda mais consistente com funcionários (e até mesmo ex-funcionários) discutindo o futuro da tecnologia.
Os novos anúncios da App Store marcam um triste capítulo para a Apple de Tim Cook
Não existe nada pior do que estar sujeito ao controlo de alguém que sabe que está a fazer algo errado, mas que segue em frente mesmo assim. Todos já passamos por isso. Ter de enfrentar alguém furando a fila na caixa do supermercado, ou então ficar à mercê de um motorista pouco cortês durante um trajeto de carro por aplicação.
Eu mesmo já cometi alguns erros e, mesmo sabendo em tempo real que os estava a cometer, segui em frente. Suponho que também já te tenha acontecido isso. Mais cedo ou mais tarde, acho que todos acabamos passando por situações assim. A lição que tiramos disso – ou pelo menos a que eu tirei – foi a de que temos a capacidade de saber quando estamos a fazer algo errado, e vai da consciência de cada um seguir em frente ou não.
Pois bem. Isso acontece no mundo corporativo também. O meu contacto diário com notícias de tecnologia há quase 10 anos ajudou-me a desenvolver uma espécie de sentido aranha, em que instantaneamente consigo dizer se uma novidade, por mais bem intencionada que possa ser, será cancelada imediatamente após uma inevitável rejeição e um obrigatório pedido de desculpas. Em algumas situações, essa percepção veio bem a calhar. Em outras, ela foi totalmente dispensável dada a estupidez da novidade em questão.
Infelizmente, os novos anúncios da App Store enquadram-se nesta última categoria.
Não é de hoje que sabemos que foi-se o tempo em que a Apple mirava uma boa experiência para o utilizador, e em seguida fazia a engenharia reversa para tornar aquela experiência uma realidade.
É bem verdade que as condições do mercado não são as mesmas de quando Steve Jobs disse isso, mas também é verdade que tempos desafiadores são os maiores provadores do bom (ou do mau) caráter de alguém. Ou de alguma empresa.
O lançamento dos novos formatos de anúncios na App Store foi uma catástrofe em duas instâncias. A primeira, técnica. A segunda, moral.
A catástrofe técnica, por mais vergonhosa que tenha sido, é fácil de resolver. O óbvio (sempre em retrospecto) abuso das aplicações de jogo, e a sua exibição até mesmo junto de aplicações infantis ou, inacreditavelmente, em aplicações para o combate do vício em jogo, tem fácil solução. Na realidade, a própria Apple colocou essa solução em prática assim que o problema surgiu. Interrompeu a veiculação de anúncios dessas categorias de aplicações e, espero, irá reformular o sistema de direcionamento de anúncios sem se esconder atrás da bandeira de que um direcionamento ruim é fruto de um problema insolúvel posto pela proteção da nossa privacidade.
Já a catástrofe moral, essa sim preocupa-me. Digo isto porque parece-me absolutamente impossível que durante as discussões, prototipagem, reuniões e a implementação de mais essa forma de rentabilizar a App Store não tenha dado aos executivos o mesmo desconforto que todos nós já sentimos quando estávamos a fazer algo errado, e coube a cada um de nós decidir se seguiríamos em frente ou não com isso. E o facto de terem seguido em frente parece-me indicar que, infelizmente, a Apple de Tim Cook perdeu a vergonha de transparecer a forma como ela realmente nos vê: pessoas apenas a guardar temporariamente nos nossos bolsos um dinheiro que a Apple tem a certeza que já é dela.
Gentler Streak
Desde o lançamento do Apple Watch, tenho acompanhado a minha saúde de perto. Recentemente, o meu irmão apresentou-me a app Gentler Streak que, ao contrário da motivação de cobrança que é lugar comum nas apps de exercícios, traz uma abordagem mais... bem, gentil.
Desde a tonalidade da interface até à linguagem e o uso de emojis de 28 burritos, hambúrgueres e batatas fritas para simbolizar o gasto calórico, a app recorre ao incentivo otimista como sua principal forma de manter-me empolgado para seguir queimando calorias, exercitando-me e atingindo os meus objetivos.
Gentler Streak é gratuito na App Store, com compras internas.
A partir de agora, existe um jeito um pouco mais eficiente de lidar com screenshots no iOS 16. Especialmente aqueles que tiramos para enviar a alguém.
É a opção Copiar e apagar, que fica contra-intuitivamente escondida no botão OK na interface de screenshots.
Eu não sei quanto a ti, mas geralmente quando tiro um screenshot rapidamente para enviar para alguém, eu toco no botão de partilha, seleciono o destinatário, envio a imagem, e isso leva-me de volta ao ecrã inicial do screenshot, onde eu escolho se quero guardá-lo, apagá-lo, ou seguir editando.
Agora, com a opção Copiar e apagar, o screenshot já é transferido automaticamente para a área de transferência, e eu preciso apenas voltar (ou ir) à conversa para quem quero mandar o print, e seguir a conversa de lá. O screenshot original já foi apagado automaticamente, e não terei mais que ficar lidando com isso e apagando, de tempos em tempos, screenshots inúteis que invariavelmente acabam ocupando espaço ao longo de dias, semanas, meses ou anos de uso do iOS.
For All Mankind foi umas das séries estreantes na Apple TV+, o serviço de streaming da empresa norte-americana. Depois de quatro temporadas, a série já é olhada como um sucesso e do agrado do público. Pelo menos, quando usada como métrica a sua avaliação Rotten Tomatoes.
De facto, depois da
Destaques da Semana no mundo Apple
Se pretendes comprar ou presentear alguém com um iPhone neste final de ano, é melhor fazeres a compra logo. Digo isto porque em Zhengzhou – também conhecida como a Cidade do iPhone – a principal fábrica da Foxconn tem vindo a enfrentar problemas com um surto de COVID-19 que levou funcionários a fugirem das fábricas onde são mantidos em isolamento a pedido do governo Chinês.
Na tentativa de combater o êxodo de funcionários, a Foxconn tem vindo a oferecer benefícios como refeições gratuitas e um bónus salarial para quem redobrar os esforços na linha de produção. O problema? Nem mesmo a Apple acredita que isso será suficiente, tendo inclusive alertado os investidores que particularmente o iPhone 14 Pro terá stocks bem escassos ao longo das próximas semanas.
Fuga em Cupertino
Não é apenas em Zhengzhou que estamos a ver uma debandada de postos de trabalho. Há algumas semanas, a Apple confirmou que Evans Hankey, líder de design de hardware, deixará a empresa. Já nos últimos dias, fontes da Bloomberg informaram que Anna Matthiasson, vice-presidente da Apple Store Online e Mary Demby, líder de Sistemas da Informação da Apple também estão de saída.
No caso de Demby, que trabalhou na Apple por três décadas, o motivo é a sua aposentadoria. Já no caso Matthiasson, os motivos de sua saída ainda são tão secretos quanto o seu próximo destino.
Mais um ciclo de iPhones para a Qualcomm
Desde que a Apple comprou a divisão de modems 5G da Intel em 2019 por mil milhões de dólares, não era exatamente difícil de prever que ela abandonaria a Qualcomm como a fornecedora desta tecnologia. A própria Qualcomm, inclusive, já havia avisado os investidores que ela perderia a Apple como cliente.
No entanto, num relatório recente, a Qualcomm informou que irá manter os níveis de fornecimento à Apple no ano que vem, ao invés de encolhê-los para 20% conforme o plano anterior. Já dentro das quatro paredes (ou melhor, dos 360 graus) do Apple Park, ninguém confirma ou refuta a informação.
Selena no grande ecrã
Estreou esta semana no Apple TV+ o documentário Selena Gomez: My Mind & Me, com direito a uma oferta especial que garante dois meses de acesso gratuito ao serviço, ao invés dos costumeiros 7 dias de experimentação.
A Apple e a cantora já haviam feito parcerias no passado, incluindo a produção de um videoclipe a preto e branco gravado inteiramente com um iPhone. Desta vez, a parceria divulga a obra em que ela partilha com o mundo os desafios que a fama trouxeram para a sua saúde mental.
Todos os olhos postos em Lisboa
Se no ano passado a Web Summit chamou à atenção do mundo tecnológico pela presença de Craig Federighi, neste ano a fabricante do iPhone marcou presença de uma forma ainda mais consistente com funcionários (e até mesmo ex-funcionários) discutindo o futuro da tecnologia.
Lisa Jackson, VP para o Ambiente, Política e Iniciativas Sociais, por exemplo, aproveitou o curto tempo do painel de abertura para tratar da importância do equilíbrio social e natural para a evolução responsável da tecnologia. Já a Dr.ª Sumbul Desai, VP de Saúde da Apple, discursou sobre o emprego da tecnologia proativa na prevenção de problemas.
Tony Fadell, por sua vez, ex-integrante da Apple (e conhecido como o pai do iPod), abordou o seu regresso à ARM e as perspectivas para o futuro. Todos os painéis contaram com discussões interessantes e pertinentes, e podes ler mais sobre a Web Summit 2022 na cobertura do iFeed sobre o evento.
Os novos anúncios da App Store marcam um triste capítulo para a Apple de Tim Cook
Não existe nada pior do que estar sujeito ao controlo de alguém que sabe que está a fazer algo errado, mas que segue em frente mesmo assim. Todos já passamos por isso. Ter de enfrentar alguém furando a fila na caixa do supermercado, ou então ficar à mercê de um motorista pouco cortês durante um trajeto de carro por aplicação.
Eu mesmo já cometi alguns erros e, mesmo sabendo em tempo real que os estava a cometer, segui em frente. Suponho que também já te tenha acontecido isso. Mais cedo ou mais tarde, acho que todos acabamos passando por situações assim. A lição que tiramos disso – ou pelo menos a que eu tirei – foi a de que temos a capacidade de saber quando estamos a fazer algo errado, e vai da consciência de cada um seguir em frente ou não.
Pois bem. Isso acontece no mundo corporativo também. O meu contacto diário com notícias de tecnologia há quase 10 anos ajudou-me a desenvolver uma espécie de sentido aranha, em que instantaneamente consigo dizer se uma novidade, por mais bem intencionada que possa ser, será cancelada imediatamente após uma inevitável rejeição e um obrigatório pedido de desculpas. Em algumas situações, essa percepção veio bem a calhar. Em outras, ela foi totalmente dispensável dada a estupidez da novidade em questão.
Infelizmente, os novos anúncios da App Store enquadram-se nesta última categoria.
Não é de hoje que sabemos que foi-se o tempo em que a Apple mirava uma boa experiência para o utilizador, e em seguida fazia a engenharia reversa para tornar aquela experiência uma realidade.
É bem verdade que as condições do mercado não são as mesmas de quando Steve Jobs disse isso, mas também é verdade que tempos desafiadores são os maiores provadores do bom (ou do mau) caráter de alguém. Ou de alguma empresa.
O lançamento dos novos formatos de anúncios na App Store foi uma catástrofe em duas instâncias. A primeira, técnica. A segunda, moral.
A catástrofe técnica, por mais vergonhosa que tenha sido, é fácil de resolver. O óbvio (sempre em retrospecto) abuso das aplicações de jogo, e a sua exibição até mesmo junto de aplicações infantis ou, inacreditavelmente, em aplicações para o combate do vício em jogo, tem fácil solução. Na realidade, a própria Apple colocou essa solução em prática assim que o problema surgiu. Interrompeu a veiculação de anúncios dessas categorias de aplicações e, espero, irá reformular o sistema de direcionamento de anúncios sem se esconder atrás da bandeira de que um direcionamento ruim é fruto de um problema insolúvel posto pela proteção da nossa privacidade.
Já a catástrofe moral, essa sim preocupa-me. Digo isto porque parece-me absolutamente impossível que durante as discussões, prototipagem, reuniões e a implementação de mais essa forma de rentabilizar a App Store não tenha dado aos executivos o mesmo desconforto que todos nós já sentimos quando estávamos a fazer algo errado, e coube a cada um de nós decidir se seguiríamos em frente ou não com isso. E o facto de terem seguido em frente parece-me indicar que, infelizmente, a Apple de Tim Cook perdeu a vergonha de transparecer a forma como ela realmente nos vê: pessoas apenas a guardar temporariamente nos nossos bolsos um dinheiro que a Apple tem a certeza que já é dela.
Gentler Streak
Desde o lançamento do Apple Watch, tenho acompanhado a minha saúde de perto. Recentemente, o meu irmão apresentou-me a app Gentler Streak que, ao contrário da motivação de cobrança que é lugar comum nas apps de exercícios, traz uma abordagem mais... bem, gentil.
Desde a tonalidade da interface até à linguagem e o uso de emojis de 28 burritos, hambúrgueres e batatas fritas para simbolizar o gasto calórico, a app recorre ao incentivo otimista como sua principal forma de manter-me empolgado para seguir queimando calorias, exercitando-me e atingindo os meus objetivos.
Gentler Streak é gratuito na App Store, com compras internas.
Quick Tip - iPhone
A partir de agora, existe um jeito um pouco mais eficiente de lidar com screenshots no iOS 16. Especialmente aqueles que tiramos para enviar a alguém.
É a opção Copiar e apagar, que fica contra-intuitivamente escondida no botão OK na interface de screenshots.
Eu não sei quanto a ti, mas geralmente quando tiro um screenshot rapidamente para enviar para alguém, eu toco no botão de partilha, seleciono o destinatário, envio a imagem, e isso leva-me de volta ao ecrã inicial do screenshot, onde eu escolho se quero guardá-lo, apagá-lo, ou seguir editando.
Agora, com a opção Copiar e apagar, o screenshot já é transferido automaticamente para a área de transferência, e eu preciso apenas voltar (ou ir) à conversa para quem quero mandar o print, e seguir a conversa de lá. O screenshot original já foi apagado automaticamente, e não terei mais que ficar lidando com isso e apagando, de tempos em tempos, screenshots inúteis que invariavelmente acabam ocupando espaço ao longo de dias, semanas, meses ou anos de uso do iOS.
Ficha Técnica
Diretor:
André Fonseca
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Redação:
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Design:
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For All Mankind foi umas das séries estreantes na Apple TV+, o serviço de streaming da empresa norte-americana. Depois de quatro temporadas, a série já é olhada como um sucesso e do agrado do público. Pelo menos, quando usada como métrica a sua avaliação Rotten Tomatoes. De facto, depois da
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