Se tens estado atento às notícias, sabes que um tema que tem sido constante, especialmente numa fase de tão grande instabilidade como esta, são muitas problemáticas relacionadas com o racismo sistemático e às barreiras atualmente existentes contra muitas comunidades de cor.
Neste âmbito, a Apple tem sido sempre muito vocal, quer nas suas políticas de inclusão, quer nos seus comunicados, em momentos especialmente conturbados para a História dos Estados Unidos da América, no que se refere à luta das minorias, que se encontram em constante desigualdade, para obterem o respeito e oportunidades que lhes são devidas.
Hoje, a empresa da Maçã foi um passo mais longe, declarando o investimento de 100 milhões de dólares em projetos que visam combater as desigualdades no acesso a oportunidades de muitos estudantes de comunidades de cor americanas.
Sob a sigla REJI (Racial Equity and Justice Initiative), a Apple pretende construir uma próxima geração de líderes, onde se possa denotar uma enorme diversidade racial, apostando em três grandes áreas: um Propel Center, a nível das HBCU’s (Faculdades e Universidades historicamente associadas a comunidades negras); um centro de educação tecnológica em Detroit, e, por fim, através do financiamento dos capitais de risco de empresários negros.
Todos nós somos responsáveis pelo trabalho urgente de construir um mundo mais equitativo - e estes novos projetos mandam um sinal claro do compromisso duradouro da Apple. Estas novas iniciativas da REJI estão a ser lançadas com parceiros das mais variadas indústrias e experiências passadas - de professores a estudantes, de desenvolvedores a empresários, de organizadores de comunidade a defensores de justiça - que estarão a trabalhar juntos para dar poder a comunidades que têm suportado o peso do racismo e discriminação por demasiado tempo. Estamos honrados por ajudar a trazer esta visão, e por tentar pôr as nossas palavras e ações ao mesmo nível que os valores de equidade e inclusão que temos sempre priorizado na Apple. - Tim Cook
A REJI foi anunciada em junho passado, aquando do despertar dos protestos seguintes às mortes de Breonna Taylor, George Floyd, entre tantos outros inúmeros injustiçados. Este projeto, liderado por Lisa Jackson, visa promover a equidade a partir da educação, da economia, do sistema de justiça criminal, começando em cada nível possível da empresa, de uma forma interna.
Todos os indivíduos merecem iguais oportunidades de acesso, independentemente da sua cor de pele ou código postal. Por demasiado tempo, as comunidades de cor têm lidado com enormes injustiças e barreiras institucionais na sua busca pelo Sonho Americano, e estamos orgulhosos por emprestarmos as nossas vozes, os nossos recursos para construir novos motores de oportunidade que poderão dar poder, inspirar e criar mudanças significativas. - Lisa Jackson
Propel Center
Em parceria com a Southern Company, entre outras, a Apple está a trabalhar para criar um centro de aprendizagem, nunca antes visto, a nível das HBUCs. O investimento desta de cerca de 25 milhões permitirá munir os estudantes com uma plataforma virtual bem como um campus físico, de forma a fornecer-lhes um currículo mais inovador e diversificado, que permita outras oportunidades de carreira, bem como bolsas.
Este currículo abrange muitas áreas tecnológicas distintas, desde a criação de aplicações, até tecnologias de agricultura, passando por módulos mais dedicados a artes, empreendedorismo e preparação de carreira. A ideia é que os estudantes possam ver nos especialistas da Apple verdadeiros mentores, prontos a apoiar, ensinar, e oferecer oportunidades de estágio.
A empresa pagará também pelos custos de dois programas de engenharia, bem como oferecer 100 bolsas de estudo; que incluem não só os especialistas como mentores, bem como uma oportunidade de construir uma experiência profissional na Apple.
Primeira Academia de Desenvolvimento da Apple em Detroit
Sendo Detroit uma área americana com uma presença forte de desenvolvedores e empresários de comunidades negras a dar os seus primeiros passos, a decisão de abrir neste local é fulcral, de forma a dar poder, experiência e capacidades a estes para que possam começar a criar para a economia de aplicações para iOS. Será uma Academia aberta a todos os que queiram aprender, independentemente do seu passado académico ou de experiência na área de programação.
Está previsto a aceitação de até 1000 estudantes por ano, com um programa centrado em programação, design, marketing e skills profissionais.
Será também já no próximo mês a inauguração do Campo de Empreendedorismo para Desenvolvedores e Fundadores negros, que contará com a mentoria de engenheiros da Apple, e conselhos dos líderes desta.
Novas parcerias de financiamento
Como uma das dificuldades para comunidades mais desfavorecidas é obter financiamento, a empresa da Maçã optou por financiar a Harlem Capital e Siebert Williams Shank’s Clear Vision Impact Fund, duas firmas que têm financiado pequenos a médios negócios e empreendedores de cor ao longo dos anos. A Harlem Capital participará no Campo de Empreendedorismo para Desenvolvedores e Fundadores negros, uma vez que a Apple também apoiará o seu programa de estágios focado sobretudo em jovens mulheres.
Há também uma contribuição para o The King Center, memorial do legado do Dr. Martin Luther King Jr, para que possa continuar a inspirar as gerações vindouras a fazer tudo o que ficou por fazer, capacitando-as dos problemas inerentes à raça e iniquidade existente.
Como podes ver, o foco da Apple continua nas comunidades, organizações locais e defensores de organizações sem fins lucrativos. A única forma de alcançar uma próxima geração de líderes com mais diversidade, é investindo no presente, nos que atualmente têm menos oportunidades de acesso. Só assim se poderá obter uma visão completa do potencial de pessoas dedicadas, apaixonadas pelo seu trabalho, que não foram travadas por qualquer circunstância sócio-económica.
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