O Mac Pro com Apple Silicon que persiste em não chegar
Continuamos a aguardar pela completude do círculo Apple Silicon. Permanecem, com muita estranheza e perplexidade, as referências “Intel Xeon”, decompostas entre 8 e 28 núcleos, na secção de especificidades técnicas do Mac Pro do website oficial da Apple. Sobretudo, sabendo que a revolução “M” teve início no dia 10 de novembro de 2020, portanto, há mais de dois anos.
Pois então sabemos que o nosso já sobejamente conhecido Mark Gurman, publicou na sua newsletter, que a Apple continua em testes e mais testes. Desta feita, de um SoC M2 Ultra, em detrimento do muito falado “M2 Extreme”.
À partida, segundo Gurman, o novo Mac Pro terá como ponto de partida, praticamente o número de núcleos máximo do modelo existente. Leste bem: o M2 Ultra iniciará a sua gama com uma CPU de 24 núcleos e uma GPU dotada de uns estonteantes 76 núcleos, e com, pelo menos 192 GB de RAM.
A ideia de um “M2 Extreme” talvez tenha sido, passando o pleonasmo, extremamente dispendiosa. Quer dizer, considerar uma CPU com 48 núcleos e uma GPU com 152 núcleos, teria um custo de produção, e principalmente, um preço de venda ao público mais que proibitivo.
É evidente que, considerando a tradicional natureza do Mac Pro, esta assombrosa máquina deverá manter o seu carácter de expansividade, isto é, de permitir a adição de memória e armazenamento, bem como de outros componentes.
Na sua versão de base, o atual Mac Pro tem um custo de €6.600,27, podendo atingir quase €60,000,00 (com Intel Xeon de 28 núcleos, 1,5 TB de RAM, duas placas gráficas Radeon Pro de 64 GB, 8 GB de SSD, placa Afterburner, estrutura de aço inoxidável com rodas e Magic Mouse + Magic Trackpad). Isto para um computador lançado em dezembro de 2019.
É esperado que o novo Mac Pro seja, finalmente, lançado em 2023, completando, finalmente o círculo da conversão da Apple a SoCs proprietários. Mas será que teremos que esperar pelo M3?
O Mac Pro constitui um desafio de elevada complexidade, no qual a Apple tem que garantir o sucesso. E no contexto económico, político e social em que vivemos, todo o cuidado é pouco.