O que é o que Windows 11 poderia trazer ao macOS?
A Microsoft anunciou o Windows 11 e há alguns aspetos que o tornam mais similar ao macOS da Apple. Pelo menos, no que concerne aos efeitos translúcidos das aplicações e, do mesmo modo, à nova taskbar do sistema operativo.
Seja como for, os dois sistemas – macOS e Windows – continuam a apresentar diferenças entre eles, e algumas substanciais. Pelo menos, que poderiam estar presentes no macOS no futuro, quem sabe.
A primeira, que muito dificilmente chegará aos mais diversos Macs e iMacs tem que ver com a experiência tátil dos equipamentos. Nenhum dos atuais portáteis ou desktops da empresa de Cupertino tem essa capacidade e, mesmo que aplicável no seu software, o hardware não a suportaria.
Uma das próximas três coisas já seria bom vê-las no macOS...
A Microsoft há muito insiste na introdução por gesto ou caneta no Windows, e a versão 11 do seu produto só vem melhorar tudo isso. Desde a integração simples e elegante com a caneta, ao redesenhar de um sistema operativo muito direcionado para o rato e teclado, em algo mais amigo dos cinco dedos da mão.
Por outro lado, para muitos, há uma outra alteração que tem já impactos positivos na experiência de utilização da plataforma, a Microsoft Store. A mesma, para além de ainda vir a receber aplicações Android, inclui também aplicações tradicionais que teriam de ser descarregadas via browser anteriormente.
Como saberás, uma das introduções que a Microsoft apresentou foi o facto de tornar livre a inclusão de outros marketplaces – como é o caso da Amazon App Store – na própria Microsoft Store, bem como de toda a receita gerada pelos programadores ser desses mesmo.
Assim, cerca de duas semanas depois, aplicações como o Zoom, OBS Studio, Canva, etc., já estão disponíveis na loja de aplicações do Windows 11, tornando mais simples para o utilizador encontrar o que pretende, num só lugar. Neste caso, por exemplo, e sem grandes impeditivos, também a Apple poderia organizar a sua Store no macOS de maneira que a maioria das aplicações esteja lá. No limite, já numa perspetiva mais longínqua, que apps iOS/iPadOS aterrassem na loja, tal como as da Amazon estarão no Windows 11.
Aplicações é um tema delicado para a Apple, mas também o é para a Microsoft...
Finalmente, o terceiro aspeto que o mais recente sistema operativo da Microsoft traz consigo e que seria bem-vindo ao macOS, tem que ver com produtividade. A empresa liderada por Satya Nadella pensou na próxima versão da sua plataforma de modo a responder à realidade introduzida pela pandemia.
Com efeito, uma das simples alterações tem que ver com os novos layouts de disposição das aplicações e páginas abertas num determinado momento. Com o uso agravado de ecrãs maiores e externos com um portátil, cresceu a necessidade de organizar corretamente as janelas necessárias para a execução de determinadas tarefas. E é aí que a Microsoft tenta ajustar o Windows 11 face à versão anterior. No macOS, por vezes, torna-se complicada a gestão das janelas e aplicações, pelo que estaria aqui um ponto a implementar.
Finalmente, ainda sobre a questão da produtividade, e ainda que a WWDC tenha trazido uma facilidade maior em iniciar chamadas de FaceTime com outras pessoas, mesmo que estas se encontrem no Windows ou Android, melhor ainda seria tornar essa realidade mais simples ainda, tal como a Microsoft fez com a versão especial do Teams que vem de origem com o Windows 11.
FaceTime, FaceTime everywhere...
Com um par de cliques ou toques no PC, nunca foi tão simples iniciar uma chamada de voz ou vídeo, ou até enviar uma mensagem de texto para alguém. E assim gostava que fosse no macOS.
Quem sabe. Não será fácil ver algumas destas três realidades implementadas no macOS, mas também não custa sonhar.