O Wi-Fi 6 é a mais recente geração do protocolo Wi-Fi, prometendo trazer um novo padrão de referência e qualidade em termos de conexões Wi-Fi. Como o nome indica, trata-se da sexta geração do protocolo Wi-Fi. Que novidades traz o novo protocolo, e que mudanças há em relação à quinta geração? Valerá a pena fazer um upgrade ao meu dispositivo pessoal, ou aos aparelhos da minha empresa ou organização?
O que torna o Wi-Fi 6 melhor?
O que é o Wi-Fi 6, e porque é melhor? Comecemos por relembrar o que é a tecnologia Wi-Fi. Trata-se de um conjunto ou família de protocolos de rede wireless que permite a troca de dados entre aparelhos digitais fisicamente próximos entre si através de ondas de rádio. A primeira geração do protocolo, cujo nome oficial é 802.11, foi adotada em 1997, concretizando desenvolvimentos técnicos que vinham desde 1991.
As sucessivas gerações Wi-Fi vêm trazendo progressivamente mais velocidade e mais estabilidade. Trata-se de trazer mais velocidade às transmissões existentes e também a capacidade de ligar mais aparelhos entre si. Atualmente poderemos querer ligar vários smartphones, tablets, computadores, eletrodomésticos, wearables e outros aparelhos; é para isso que serve o Wi-Fi numa versão mais avançada.
O IEEE 802.11ax, oficialmente comercializado pela Wi-Fi Alliance sob o nome Wi-Fi 6 e Wi-Fi 6E, é um padrão IEEE para redes locais sem fio, e vem suceder ao 802.11ac. Este novo protocolo é também conhecido como Wi-Fi de alta eficiência, trazendo melhorias gerais para clientes Wi-Fi 6 em ambientes densos.
Este é o aspeto mais relevante do Wi-Fi 6: a velocidade teórica aumenta 250% em relação ao Wi-Fi 5, de 3.5 Gbps para 9.6 Gbps. Ainda que tal venha a depender das circunstâncias concretas do ambiente (tal como um Ferrari desportivo precisa de uma autoestrada livre para ser bem mais rápido que um simples utilitário), o potencial está lá.
Até porque, mais ainda que na velocidade, é na estabilidade das ligações que o Wi-Fi 6 mais impressiona.
Benefícios do Wi-Fi 6
Há já quem preveja que, dentro de alguns anos, possam ser às dezenas os aparelhos com capacidade de envio e/ou receção de dados através de Wi-Fi na maioria das casas. Assim a Lei de Murphy continue a funcionar, tornando-se a capacidade de processamento sucessivamente maior e mais fácil. Para que as casas inteligentes e a Internet das Coisas se tornem realidades cada vez mais práticas, e não apenas teóricas, são necessárias conexões Wi-Fi à altura.
A dita capacidade de “throughput” até 9.6 Gbps significa que haverá menos “stress” na rede wireless, permitindo que todos os aparelhos a ela ligados mantenham uma conexão rápida, sem concorrerem uns com os outros.
Mais estabilidade
Enquanto os routers Wi-Fi 5 eventualmente mostram as suas limitações quanto ao número de dispositivos ligados que conseguem servir, o Wi-Fi 6 tem mais capacidade neste campo. Qualquer utilizador ligado a um router Wi-Fi 6, e desde que o seu aparelho esteja igualmente preparado para funcionar neste protocolo, sentirá a diferença.
Quem se pergunta para que serve o Wi-Fi 6 poderá pensar nas vantagens que isto terá em redes públicas, como as de cafés, restaurantes, autocarros ou comboios. Estes “hotspots” públicos deixarão de ser frustrantemente lentos como são atualmente, na maioria dos casos.
Mais segurança
As conexões Wi-Fi 6 são reforçadas com o protocolo de segurança WPA3. Isto trará um “escudo” protetor essencial quando se trata de redes povoadas por diferentes dispositivos IoT, que estão a tornar-se cada vez mais frequentes.
Moderno e eficiente
Os utilizadores ligados a um router Wi-Fi 6 chegarão à conclusão que as suas baterias não se esgotarão tão rapidamente como antes. A funcionalidade “Target Wake Time” (TWT) pode agendar o dispositivo para ligar-se ou desligar-se do Wi-Fi em horários específicos. Para aparelhos IoT que não precisem de estar ligados constantemente, esta é uma funcionalidade “inteligente” e que contribui para a sustentabilidade ambiental e energética associada à sua utilização.
Em suma, o Wi-Fi 6 está desenhado de modo a responder às necessidades e possibilidades modernas. Esta iteração do protocolo Wi-Fi permite que várias pessoas estejam a jogar ou a assistir em streaming em HD, ligadas à mesma rede, e sem sofrerem de “lag” ou constrangimentos de velocidade.
Como posso utilizar o Wi-Fi 6?
É necessário hardware que comporte ligações ao novo protocolo. No caso dos aparelhos em uso ou um pouco mais antigos, tal poderá não acontecer. Por regra, os novos equipamentos e dispositivos lançados a partir de 2020 já são compatíveis com Wi-Fi 6. Em todo o caso, não é obrigatório descartar todos os aparelhos atuais e substituí-los por novos; bastará deixar que chegue ao fim da sua vida útil e fazer o “upgrade” quando for apropriado. Acima de tudo, é fundamental que o router da tua rede transmita em Wi-Fi 6, caso contrário de nada adiantará ter um smartphone equipado para o novo protocolo.
Um futuro mais veloz e mais seguro
Embora a velocidade seja muito importante, a segurança não deve ser esquecida. Independentemente da velocidade da rede de Wi-Fi, ninguém quer que hackers ou cibercriminosos sejam capazes de aceder às tuas atividades ou dados enquanto navegas na internet. O WPA3 é um bom escudo, mas não assegura privacidade online. Só uma VPN protege em Wi-Fi de modo a tornar opacos os conteúdos enviados e recebidos.
Para assegurares que todos os teus dispositivos estão protegidos contra terceiros mal-intencionados, começa a usar uma VPN, ou rede privada virtual. O recente e infeliz conflito na Ucrânia veio demonstrar como uma VPN pode ser útil; milhares de cidadãos russos recorrem a redes privadas virtuais para ocultarem as suas comunicações com o exterior e se protegerem da vigilância. Serviços como a NordVPN mantêm os teus dados ocultos mesmo que a rede Wi-Fi não seja segura, e podem fornecer altas velocidades de navegação sem comprometer a segurança.
Artigo redigido pela NordVPN
Deixa o teu comentário