Os processadores Apple Silicon constituem, sem sombra de dúvida, um dos maiores destaques tecnológicos da presente década. É caso para dizer que a Apple acertou em cheio, e conseguiu trazer para o mercado chips potentes, económicos e eficientes, que permitiram criar Macs com potencialidades nunca antes esperadas.
No entanto, nada é perfeito, e com as virtudes surgem também os defeitos... E são precisamente cinco desses defeitos que vamos aqui abordar, pois merecem também ser destacados e tidos em conta por potenciais futuros compradores de Macs com esta tecnologia.
Não é possível fazer upgrades
Se já antes a Apple dificultava os upgrades de hardware levados a cabo pelo utilizador final, com o Apple Silicon acabou com eles de vez. Não é possível alterar nem a RAM, nem o SSD, pois estes componentes são soldados na placa principal, quer em portáteis quer em desktops. Com isto, há que ter em conta que a máquina que comprarmos vai morrer conforme saiu da fábrica, logo convém escolher uma configuração racional e a pensar no futuro logo no momento da compra.
Acabou o Boot Camp para correr Windows no Mac
Devido à diferença entre plataformas, a ferramenta Boot Camp deixou de existir no macOS, o que significa que não é mais possível instalar nem utilizar nativamente o Windows em Mac. Os processadores Apple Silicon são baseados em ARM, e o Windows que conhecemos só corre em x86. No entanto, há uma alternativa básica, de que vamos falar no ponto seguinte.
Ferramentas de virtualização apenas suportam a versão para ARM do Windows
Já que não existe Boot Camp para permitir a instalação nativa do Windows nos novos Macs, há que recorrer a ferramentas de virtualização. Ainda assim, a experiência fica limitada, pois como os chips M1 e seguintes são baseados na arquitetura ARM, apenas a versão ARM do Windows 11 pode ser virtualizada; como resultado, ficamos limitados a aplicações e jogos para Windows desenvolvidos especificamente para esta plataforma, que não são muitos...
Macs com especificações personalizadas são caros
Se em cima referimos que é impossível fazer qualquer tipo de upgrade aos Macs atuais, e que devemos pensar no futuro no momento da configuração da nossa máquina, temos de ter também em conta o reverso da medalha: comprar um Mac à prova de futuro sai caro. Muito caro.
Qualquer alteração às especificações base facilmente custa centenas de euros, isto quer estejamos a falar de um processador mais rápido, mais memória RAM ou mesmo mais armazenamento. Tudo se faz pagar, e bem. Resultado: num piscar de olhos facilmente chegamos ao dobro do preço inicial.
Apple Silicon não consegue bater uma placa gráfica dedicada
O CPU e o GPU dos Macs com Apple Silicon partilham a mesma memória entre si. Apesar disto resultar numa maior optimização, os resultados em termos de performance bruta ficam aquém dos obtidos com uma placa gráfica dedicada, com a sua própria memória. Infelizmente, o uso deste tipo de placa é impossível nas máquinas em questão.
Atenção: o Apple Silicom veio para ficar, e os computadores Mac que integram esta tecnologia são equipamentos excelentes. No entanto, há este tipo de especificidades que não podemos deixar passar, e que podem fazer a diferença na hora de escolher que tipo de máquina precisamos que nos faça companhia durante os próximos anos.
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