(REVIEW) iPhone 16 - Pro, pra quê?

(REVIEW) iPhone 16 - Pro, pra quê?

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O iPhone 16 chega ao mercado num momento em que a Apple parece focada no aperfeiçoamento dos seus produtos, ao invés de introduzir grandes revoluções. O que pode, à primeira vista, parecer uma abordagem pouco emocionante, é, na verdade, uma estratégia bem calculada.

Com a análise feita pelo meu colega Pedro ao Apple Watch Series 10, notou-se que a Apple tem dado passos consistentes para aprimorar a experiência dos utilizadores, e isso aplica-se também ao iPhone 16. Embora não estejamos a lidar com um marco histórico para a marca, a nova geração apresenta melhorias substanciais que têm como foco o utilizador final.

A expressão "O cliente no centro de tudo o que fazemos" certamente guiou o desenvolvimento deste modelo, o que, apesar de não ser visível à primeira vista, torna a experiência com o novo iPhone significativamente melhorada.

Design familiar, mas refinado

Se estás a olhar para o iPhone 16 e te questionas: "O que há de novo?" ou "Só vejo novidades nas cores!", entendo a tua inquietação. A primeira impressão pode realmente ser de que não houve grandes mudanças no design. No entanto, isso não significa que a Apple não tenha feito ajustes importantes. A disposição das câmaras, por exemplo, regressa ao arranjo vertical, como víamos antes do iPhone 13, misturando um pouco da estética dos iPhones X e XS com a dos iPhones 11 e 12. Este detalhe pode não ser uma revolução, mas reflete a intenção da Apple de tornar o sistema de câmaras mais funcional, e ao mesmo tempo mais atraente visualmente.

Outro aspecto interessante está nas cores. Após a paleta de cores mais pastel e neutras do iPhone 15, a Apple trouxe de volta tons mais vibrantes. Agora, ao olhar para o iPhone azul, sabes imediatamente que é azul, sem te perguntares se não será mais um cinza, branco ou uma mistura de ambos. Esta mudança, por mais simples que pareça, é uma melhoria significativa para os consumidores que apreciam personalização e distinção nos seus dispositivos.

Botões extras: útil ou redundante?

Um dos aspetos mais comentados do iPhone 16 é a adição de dois novos botões. Um deles é o botão de ação, herdado dos modelos Pro do ano anterior. Este botão permite uma personalização útil, oferecendo atalhos rápidos para aceder à lanterna, gravador de voz, lupa, entre outros. Já o segundo botão, chamado de "controlo de câmara", é específico para funcionalidades relacionadas com a câmara, facilitando o acesso rápido a definições como profundidade, exposição ou zoom.

Embora a inclusão de mais um botão possa parecer uma vantagem, nem todos concordarão. Eu próprio achei a chegada do botão de ação no ano passado um detalhe dispensável, e a inclusão do botão de controlo de câmara parece-me ainda mais irrelevante. Apesar da conveniência de se poder aceder a estas funcionalidades de forma mais rápida, a adição de mais botões apenas complica a simplicidade que muitos utilizadores apreciam no iPhone. Afinal, os dispositivos móveis são, por definição, intuitivos e fáceis de usar. Neste contexto, o iPhone já oferecia uma experiência de uso bastante fluida com os seus botões tradicionais: ligar/desligar, volume e silenciar. Mais botões podem, portanto, ser uma complicação desnecessária para muitos.

Câmaras que mantêm o padrão de qualidade

Se há algo que a Apple raramente falha é na qualidade das câmaras, e o iPhone 16 mantém esta tradição. O conjunto de câmaras é o mesmo do iPhone 15, com uma câmara principal de 48MP e uma ultrawide de 12MP. A qualidade das fotos continua a ser de excelência, e os vídeos em 4K são impressionantes, mesmo não alcançando os 120fps dos modelos Pro. Para quem já está familiarizado com as câmaras da Apple, não haverá grandes surpresas aqui – a experiência continua a ser incrivelmente boa, seja para capturar imagens detalhadas ou para gravar vídeos com grande qualidade.

#shotoniphone16
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A maior novidade de software na câmara do iPhone 16 é o suporte a fotografias macro, graças ao foco automático (AF) na câmara ultrawide. Para os utilizadores que adoram capturar detalhes minúsculos, como insetos ou texturas complexas, esta nova funcionalidade é um trunfo. Apesar de não ser algo que usarás com frequência, é um recurso bem-vindo que eleva a versatilidade do sistema de câmaras do iPhone.

Ainda assim, senti falta de uma atualização no hardware do sensor ultrawide, que poderia ter beneficiado do mesmo tratamento que houve no Pro - o upgrade para um novo sensor de 48MP. A Apple continua a reservar certos avanços para os modelos Pro, o que pode deixar alguns utilizadores com a sensação de que estão a perder algo ao optarem pelo modelo padrão.

Ponto de discórdia no ecrã

Aqui chegamos ao ponto mais crítico desta análise: o ecrã. Num mundo onde praticamente todos os smartphones concorrentes já oferecem taxas de atualização de 90Hz ou 120Hz, a Apple continua a equipar os seus modelos base com um ecrã de 60Hz. Isto, num dispositivo que custa cerca de 1000€, é difícil de justificar. A fluidez proporcionada por uma taxa de atualização mais elevada é algo que a maioria dos utilizadores consegue notar, e a Apple, mais uma vez, empurra essa atualização para os seus modelos mais caros.

No entanto, nem tudo é negativo. O iPhone 16 traz um pequeno, mas importante, upgrade no brilho mínimo do ecrã. Agora, podes reduzir o brilho até 1 nit, o que faz uma enorme diferença quando estás a usar o iPhone em ambientes escuros, como antes de dormir. Pequenos detalhes como este são sempre bem-vindos, mas não são suficientes para compensar a ausência de um ecrã com taxa de atualização mais rápida.

Bateria melhorada

Quando falamos de bateria, o iPhone 16 oferece uma ligeira melhoria face ao seu antecessor, com uma capacidade de 3561 mAh. Este aumento, embora não seja revolucionário, traduz-se em cerca de 1h30 a 2 horas adicionais de autonomia, o que é notável. Esta melhoria é particularmente útil para quem faz um uso mais intensivo do dispositivo, seja para jogar, assistir vídeos ou realizar vídeochamadas. Além disso, o processo de carregamento também foi otimizado, tornando-o mais rápido e eficiente.

E a Apple Intelligence?

Um ponto que tem gerado algum tumulto é a chamada Apple Intelligence, que promete trazer funcionalidades de inteligência artificial para o iPhone. No entanto, esta tecnologia ainda não foi lançada e, pelo que se sabe, só deverá chegar ao mercado português em meados de 2025. O que limita o seu impacto imediato no telefone.

Importa lembrar que nunca se deve comprar um dispositivo com base na promessa de uma futura atualização de software. O que realmente importa é o que o iPhone oferece no momento da compra, e no caso do iPhone 16, a Apple Intelligence ainda não é uma realidade.

Conclusão: "Pro, pra quê?"

A conclusão é clara: o iPhone 16, mesmo sem a etiqueta "Pro", oferece uma excelente experiência. Desde o ecrã OLED vibrante e de cores saturadas, às câmaras de alta qualidade e ao processador atualizado (que não falei propositadamente, porque hoje em dia, não há topos de gama com fraco desempenho), há muito para gostar neste modelo. Embora falte a taxa de atualização de 120Hz e uma câmara telefoto, este é, sem dúvida, o melhor iPhone padrão de sempre e, possivelmente, o melhor em termos de qualidade-preço para 2024. Então, a questão é esta mais que nunca: "Pro, pra quê?"

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