Web Summit 2023: o futuro da computação quântica

Na manhã do segundo dia da edição de 2023 da Web Summit, Sebastian Weidt, co-fundador e CEO da Universal Quantum, conversou com Ryan Morrison, Editor de AI no Tom's Guide sobre o que se pode perspetivar para o futuro da computação quântica.

De forma esperançosa, falaram sobre os desafios que a computação quântica vai enfrentar ao longo das próximas décadas, nomeadamente no que concerne à integração e autossuficiência das novas tecnologias de computação.

Quando questionado sobre quando podemos esperar os primeiros computadores quânticos, Sebastian Weidt indicou que a janela temporal vai sempre depender daquilo que se pretende e do nível de qualidade esperado, revelando que, se tudo correr bem, poderemos começar a ver os primeiros já nos próximos anos.

Os computadores quânticos poderão ser usados para compreendermos melhor as reações químicas e os processos moleculares, o que será fundamental na descoberta de novos e melhores processos terapêuticos e medicamentos, por exemplo.

A Inteligência Artificial continua a ser o tema central da edição deste ano: Sebastian acredita que já há insight suficiente para se dizer que a computação quântica vai acelerar o desenvolvimento das tecnologias de Inteligência Artificial; aliás, talvez seja a forma de as fazer cumprir todo o seu potencial.

Sebastian Weidt deixou ainda uma nota importante para quem esteja a pensar entrar no meio da computação quântica, referindo que não é imperativo que se tenha um background na física quântica. Uma das vertentes mais importantes é que se trabalhe com os melhores engenheiros para construir as partes específicas e as peças necessárias. Apesar da programação ser bastante diferente no que concerne ao software de computação quântica, desde que se compreenda as diferenças fundamentais, acaba por ter a mesma dinâmica.

Quando confrontado com uma questão sobre como poderemos saber, no futuro, se os computadores quânticos estão a guiar-nos na direção certa, o convidado sublinhou a necessidade de verificarmos se diferentes unidades dão a mesma resposta depois de processos distintos de pesquisa. Além disso, deverá haver diferentes tipos de hardware para funções diferentes.

Sebastian está a servir-se de tecnologias existentes, adaptando-as à computação quântica, afirmando que a computação clássica não será substituída pela mesma. Serão, sim, tecnologias complementares e fará todo o sentido o surgimento de modelos híbridos.

Por fim, Sebastian Weidt, salientou a importância do dinheiro no meio da computação quântica, apelando ao apoio dos governos e investidores no seu desenvolvimento. O CEO da Universal Quantum envolveu-se nesta vertente de investigação com a intenção e esperança de fazer algo muito positivo; ainda que haja perigos, como com qualquer outra tecnologia, a computação quântica pode, de facto, ser um game changer para o lado positivo.

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